V Assembleia Geral das AMAP/CSA | 28 de maio | online

V Assembleia Geral das AMAP/CSA
V ASSEMBLEIA GERAL DAS AMAP/CSA
Sábado, 28 de maio de 2022 das 10h às 13h
* online *
Inscrições até domingo, 22/05 às 23:59 
> https://forms.gle/pPNWDRRSYyDobGN77

No dia 5 de Março teve lugar a IV Assembleia Geral das AMAP/CSA, em Vila Nova de Milfontes. Foi um encontro muito rico mas também curto para todos os pontos que se pretendia abordar… Conforme acordado na dita assembleia, convoca-se agora uma Assembleia Geral Extraordinária para dar seguimento aos trabalhos.

A V Assembleia Geral das AMAP/CSA terá lugar online no sábado, 28 de Maio, pela manhã. A inscrição é obrigatória, através desta ligação, até domingo, 22/05 às 23:59.

Programa:

09:49 – Chegada, “check-in”
10h00 – Boas vindas
10h10 – Propostas a consentimento (1h30)
11h40 – Membros da Rede Regenerar (actuais e novos)
12h00 – Constituição da Equipa dinamizadora
12h20 – Próximos passos
12h30 – “Check-out”

A participação de todos os membros das AMAP/CSA ― sejam eles produtores, consumidores ou co-produtores ― é mais que bem-vinda: é importante! Encorajamos também a participação de outros grupos de consumo e produção agroecológica existentes no território e que ainda não fazem parte da rede. Será o momento para a integração de novos membros. Também é possível participar como “observador/a”.

Toda a gente que pretende participar nesta Assembleia Geral deve obrigatoriamente inscrever-se através deste formulário, de forma a podermos enviar o link para a reunião online.

Consultar também:
- Acta da IV Assembleia Geral das AMAP/CSA
- Modelo de proposta
- Inscrições
- Fotos da IV Assembleia Geral
- Acta da IV Assembleia Geral

IV Assembleia Geral das AMAP/CSA | 5 de março | Ribeira da Azenha

IV ASSEMBLEIA GERAL DAS AMAP/CSA
Sábado, 5 de março de 2022 das 10h às 18h
Espaço C.A.R.M.E.N Ribeira da Azenha
Inscrições >

As AMAP/CSA voltam a convergir no encontro anual que junta grupos de consumo e produção agroecológica do Norte e Sul do país. Depois de Vila Nova de Gaia (2018), Montemor-o-Novo (2019) e com versão online em 2020, a Assembleia Geral das AMAP/CSA regressa ao Alentejo para um balanço sobre o trabalho da rede e a evolução do movimento em Portugal. Haverá espaço para reflectir sobre o que foi feito e para delinear estratégias para o que aí vem, aproveitando também o AQUI E AGORA para aprender-em-conjunto, conviver e celebrar.

Quem nos acolhe é o espaço C.A.R.M.E.N – Centro de Animação Rural para a Mobilização e Expressão dos Neurónios. Na manhã de sábado, a partir das 10h, tem lugar a Assembleia Geral. A tarde será dividida entre duas sessões: uma sobre Sistemas de Garantia Participativos (SGP); e outra de debate sobre a Regenerar no curto, médio e longo prazo em prol da Agroecologia em Portugal.

Todos os membros das AMAP/CSA são convidados a participar
presencialmente na assembleia, sessões e debate, ou online, no zoom
como “observadoras”. Todas as pessoas que pretendem participar devem inscrever-se através do formulário indicado abaixo.

Encorajamos a participação de outros grupos de consumo e produção agroecológica que ainda não fazem parte da rede. Será o momento para a integração de novos membros.

Inscrições: https://forms.gle/nX4DgLTjD6bhkhfF9

+ info: rederegenerar@gmail.com | amap.movingcause.org | www.carmen.pt

Local: Centro CARMEN – Ribeira da Azenha (entre Porto Covo e Nova de Milfontes).

Coordenadas: 37°47’22.5″N 8°45’21.8″W

Mapa de localização: https://goo.gl/maps/wzCcLvsoiRAbUeKu5

Evento no facebook: https://www.facebook.com/events/1014254692806213

Alojamento: Possibilidade de alojamento local por 12,5 euros por noite e por pessoa, telefonando a  Rute (tel 962565474) da parte do Samuel. Se ja não houver lugar, telefonar ao Samuel (917938062). Também existem possiblidades no Monte Mimo (Rita tel 932418405)

Almoço: almoço partilhado cada um trazendo uma comida e/ou uma bebida. Cafés e água: oferecidos

Possibilidade de seguir a Assembleia Geral pela internet.

Como criar (não uma mas) cinco AMAPs?

Uma das perguntas que nos fazem com mais frequência é: como posso criar uma AMAP / CSA? Não há uma forma única de criar uma AMAP, uma receita infalível, um “toolkit” para o sucesso, um modelo prescrito para seguir à regra… Há sim experiências diversas que permitem juntar consumidores e produtores em Associações pela Manutenção da Agricultura de Proximidade ou Comunidades que Sustentam a Agricultura. Dentro da diversidade de experiências que existe na rede das AMAP / CSA, cada um/a terá a sua forma de explicar como criou a “sua”…

Respondendo ao chamado da Primavera Agroecológica, a REGENERAR – Rede Portuguesa de Agroecologia Solidária organiza uma sessão na qual 3, 4, 5 pessoas que estiveram envolvidas na criação de AMAPs em Portugal vão contar como é que fizeram.

No dia 8 de Abril às 18:00, online, estarão connosco Samuel Thirion, pioneiro das AMAP em Portugal com o Cabaz da Horta, em Odemira, em 2004, Pedro Rocha, que criou a primeira AMAP do Porto em 2009, Olivia Silva, que mantém a AMAP Famalicão desde 2014 e é a produtora de hortícolas da AMAP Porto desde 2016, Alfredo Sendim, criador da CSA Partilhar as Colheitas da Herdade do Freixo do Meio que nasceu em 2015, Rita Magalhães, impulsionadora da AMAP Sado/Alvalade desde 2019 e Paula Serrano, da AMAP Maravilha em Palmela desde 2019.


LINK PARA EVENTO ZOOM
Senha de acesso: 12345

ISTO NÃO É UM CABAZ: Comunicado REGENERAR vs. COVID-19

ISTO NÃO É UM CABAZ: é um bem-comum, é resiliência, é proximidade em estado de emergência.

DO ESTADO DE EMERGÊNCIA AO CULTIVO DA RESILIÊNCIA: Pela propagação das Comunidades que Sustentam a Agricultura

Dado o momento de crise que estamos a viver, nós, membros da Rede Portuguesa de Agroecologia Solidária, co-produtoras das Associações para a Manutenção da Agricultura de Proximidade (AMAP) e das Comunidades que Sustentam a Agricultura (CSA), partilhamos algumas inquietações sobre os tempos que correm e suas implicações na soberania alimentar.

1. O ALIMENTO É UM BEM-COMUM – NÃO É UMA MERCADORIA

Na actual situação de crise que vivemos, temos notado uma corrida aos cabazes como se fosse papel higiénico. Por melhor negócio que possa parecer, isto não alivia a nossa ansiedade em relação ao presente e futuro que vem. Partilhamos da angústia sentida por muitos pela possibilidade de vir a faltar comida, e compreendemos o medo de frequentar os locais de consumo de massas, bem como a conveniência de poder receber em casa alimentos, enquanto confinados à espera que a pandemia passe.

No entanto, imunes ao vírus, as hortaliças continuam a crescer.
Para podermos concentrar-nos nos cuidados (agora redobrados) que a terra exige, não podemos viver atarantados com a gestão de solicitações desenfreadas. Precisamos de planeamento, de proximidade, de compromisso e de empatia. Nas AMAP/CSA, foi sempre esta a ética que nos guiou para cumprirmos o dever que sentimos de providenciar alimentos de qualidade. Por isso não distinguimos entre consumidores e produtores: somos todos co-produtores. E para nós é isto que está na base da soberania alimentar.

2. EMERGÊNCIA RIMA COM RESILIÊNCIA

A crise do vírus corona tem posto a descoberto aquilo que já muitos de nós sabíamos: o actual sistema económico não é sustentável, e isso fica patente quando nos vemos obrigados a pensar como funciona o fornecimento agro-alimentar. No cerne da resiliência está a capacidade de um sistema continuar a funcionar quando enfrenta uma falha. Na realidade de muitos agricultores – que dependem do grande retalho e de circuitos longos de distribuição – a quebra nas encomendas, por causa desta crise, pode levar a situações trágicas no escoamento, e consequentemente no acesso ao pão que (n)os alimenta. Com a proibição das feiras e mercados, e com os limites à circulação, há que reinventar todo o circuito de distribuição de forma a torná-lo mais local, mais próximo e resiliente.

Nas AMAP/CSA, co-criamos sistemas agroalimentares solidários baseados na relação directa entre grupos de consumidores e produtores. Mais do que relações de um-para-um, procuramos fazê-lo coletivamente, reconhecendo o ecossistema como um todo (incluindo quem produz, quem consome e a natureza que nos brinda), e assumindo os riscos e as responsabilidades do imprevisível que acontece.

3. CULTIVAR A PROXIMIDADE EM TEMPOS DE DISTANCIAMENTO SOCIAL

Tanto em tempos de crise como de não-crise, as AMAP/CSA procuram criar outro tipo de relação entre as pessoas e aquilo que as alimenta. Não são só uma forma de “ajudar os agricultores”, embora lhes aliviem o peso dos ombros quanto à responsabilidade que é cuidar da terra. Não reivindicam para si a autoria de uma receita para o sucesso nem são um franchising – mas abrem processos. É nesses processos longos, continuados, de convergência de pessoas comuns comprometidas, que a agricultura de proximidade pode afirmar-se em termos de soberania alimentar.

Lançamos assim um apelo à solidariedade de toda a gente que come com toda a gente que produz alimentos de forma justa, próxima, sustentável e regeneradora dos ecossistemas. Envolvam-se e comprometam-se na co-produção que nos alimenta. Só assim ficaremos imunes a esta e outras crises que possam vir.

Pelos membros da equipa da Rede REGENERAR, em representação de

AMAP Famalicão (chuchubio.ab@gmail.com)
AMAP Gaia (amapgaia@gmail.com)
AMAP Guimarães (silvaresquinta@gmail.com)
AMAP Maravilha / Palmela ( quintamaravilha077@gmail.com )
AMAP Sado e Alvalade / Santiago do Cacém (mimo@ecobytes.net)
AMAP UPTEC / Porto (amapportopinc@gmail.com)
CSA Partilhar as Colheitas / Herdade do Freixo-do-Meio, Montemor-o-Novo (csafreixodomeio@gmail.com)

Mais informação: Carta de princípios das AMAP/CSA

ISTO NÃO É UM CABAZ: é um bem-comum, é resiliência, é proximidade em estado de emergência.
ISTO NÃO É UM CABAZ: é um bem-comum, é resiliência, é proximidade em estado de emergência.  Partilha este comunicado nas tuas redes juntamente com uma foto do teu cabaz. #REGENERAR vs. #COVID19PT #SoberaniaAlimentar #AMAP #CSA

Balanço de final do ano | AMAP Porto

Foto: Gloria Lino

Cerca de 20 pessoas estiveram presentes na reunião de final de ano da AMAP do Porto que teve lugar esta terça-feira, 17 de Dezembro, enquanto decorria a última recolha do ciclo de Outono. O encontro tinha o intuito de juntar produtores e co-produtores da AMAP para um balanço do ano que finda e para olhar para o ano que vem, alinhando necessidades, propósitos e intenções que ajudem a fortalecer a Associação para a Manutenção da Agricultura de Proximidade do Porto.

Reunião de final do ano da AMAP do Porto, 17 de Dezembro de 2019. Foto: Liliana Pinto
Reunião de final do ano da AMAP do Porto, 17 de Dezembro de 2019. Foto: Liliana Pinto
Os slides da apresentação podem ser consultados aqui.

I. BALANÇO de 2019: Um ano de viragem

Depois de uma breve ronda de apresentações entre todas as pessoas presentes – algumas desde o início desta AMAP (2016), outras mais recentes – a Olívia fez um apanhado do ano em termos de dinâmicas do grupo, celebrando a entreajuda, a auto-gestão e o voluntariado existente. Referiu também eventos em que a AMAP participou, abrindo-se à cidade e à comunidade para divulgar o conceito e as práticas da Agricultura de Proximidade.

Seguiu-se um apanhado sobre a presença da AMAP nos media, feito pela Sara, que enumerou também projectos de investigação e seminários académicos em que a AMAP participou a convite de várias universidades. Ao longo de 2019, foi ainda realizado trabalho em rede com a REGENERAR (Rede Portuguesa de Agroecologia Solidária) e a URGENCI (Rede Internacional das AMAP/CSA), dedicadas à promoção de formas mais justas e sustentáveis de consumo, produção e distribuição agroalimentar.

Entrou-se depois nas contas de 2019. A Olivia apresentou um pequeno relatório sobre a economia da AMAP, incluindo o total de vendas e a evolução do número de cabazes distribuídos ao longo do ano. Comparativamente com o ano anterior, o balanço foi positivo, com mais cabazes, mais co-produtores, e mais contribuição para o sustento dos agricultores.

Ao longo de 2019, a AMAP do Porto distribuiu mais de 5 toneladas de hortícolas de proximidade, sem intermediários, sem embalagens, directamente do campo para a cidade.
Ao longo de 2019, a AMAP do Porto distribuiu mais de 5 toneladas de hortícolas de proximidade, sem intermediários, sem embalagens, directamente do campo para a cidade.

II. EXERCÍCIO DE SUSTENTABILIDADE: Quais os encargos para sustentar a vida?

Em muitos países da Europa, as AMAP são criadas pela iniciativa de consumidores, que se juntam para pagar o trabalho de quem possa produzir a sua comida, muitas vezes sendo os próprios consumidores quem compra ou aluga colectivamente o terreno para a produção. No caso de Portugal, a maioria das AMAP têm surgido pela iniciativa de produtores, com uma lógica ligeiramente diferente desta.

Procurando ilustrar como seria a aplicação da “lógica invertida” no caso da AMAP do Porto, a Olivia apresentou um exercício de sustentabilidade, elencando todos os custos envolvidos na produção agrícola da ChuchuBIO: desde o trabalho e mão-de-obra sazonal (juntos representam cerca de ⅔ dos custos totais), à compra de plantas, aluguer do terreno, maquinaria, transportes, etc. Os custos totais dão uma média de cerca de 5.500€ mensais, para os quais seriam necessários cerca de 135 co-produtores associados para cobrir todas as despesas. Actualmente a média é de 31 co-produtores na AMAP do Porto.

Exercício de Sustentabilidade: o caso da Olívia & Zé
CLICAR PARA VER EM TAMANHO GRANDE. Exercício de Sustentabilidade: o caso da Olívia & Zé

Tendo em conta que esta AMAP não é o único canal de distribuição da ChuchuBio, os custos da produção têm sido cobertos por várias frentes, sendo que as AMAPs do Porto e Famalicão representaram 26% do sustento da família em 2019. Vale aqui notar que a Olívia e o Zé recebem ambos o salário mínimo nacional.

Para 2020, o objectivo seria que a contribuição das AMAP para o sustento da família chegasse aos 40% da produção (cerca de 2.200€ / mês). Para atingir este objectivo seriam necessários 55 co-produtores com cabazes semanais de 10€ (ou 110 com cabazes quinzenais). Para ser sustentável, a AMAP precisa de crescer.

III. COMO CONTRIBUIR PARA QUE O MOVIMENTO CRESÇA? 

Várias ideias foram partilhadas pelas pessoas presentes no sentido de melhorar a comunicação e divulgação da AMAP de forma a contribuir para que o movimento cresça.

Desde parcerias com associações, a eventos com crianças, mais “sinaléctica” e pontos de informação nas imediações do local de acolhimento (Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto – UPTEC), dinamização das redes sociais, participação em eventos, etc.

Foi então apresentada uma proposta de actividades de divulgação da AMAP em 2020, a vários níveis, a saber:

  • Localmente: participar em eventos (como o Cidade+, que tem um custo de participação), criar materiais de divulgação da AMAP, organizar visitas/encontros/convívio.
  • A nível nacional: apoiar a Rede Portuguesa de Agroecologia Solidária – Regenerar, na promoção das AMAP/CSA em Portugal, nomeadamente na realização de um documentário independente, já em construção.
  • A nível internacional: manter a ligação com redes e movimentos como a Urgenci, que nos tem apoiado em termos formativos, através da partilha de recursos e convites para participação em momentos de convergência internacionais.

Propôs-se que este plano de actividades fosse apoiado através da criação de um pequeno fundo composto pela contribuição simbólica de todos os produtores e co-produtores envolvidos na Associação para a Manutenção da Agricultura de Proximidade do Porto. Pôs-se a votação a proposta de implementação de uma quota de associado de 10 euros anuais a partir de 2020. A proposta foi aprovada por unanimidade pelos cerca de 20 co-produtores e produtores presentes na reunião.

Para além desta quota, que deverá entrar em funcionamento a partir de Janeiro, ficou também apontado um dia para discussão sobre o plano de culturas para a Primavera-Verão: agora que começa o Inverno, há que preparar sementeiras para o novo ano agrícola que vem!

Foto: Gloria Lino
Foto: Gloria Lino

Seguimos juntos na construção de um sistema agro-alimentar mais justo e solidário!

Consumo sustentável na cidade | EcoVida, Covilhã

A Coolabora, cooperativa da Covilhã, convidou a AMAP a partilhar a sua experiência na conferência final do projecto EcoVida, que tem como objectivo “fomentar o consumo sustentável no concelho da Covilhã, dando visibilidade às respostas já existentes no concelho e sensibilizando para as vantagens deste consumo para as pessoas, para o território envolvente e para o planeta”.

A conferência termina com a atribuição dos primeiros selos EcoVida a iniciativas promotoras do consumo sustentável no concelho da Covilhã.

Agroecologia e Soberania Alimentar em debate

Hoje, ao final da tarde, o Gato Vadio acolhe uma tertúlia sobre Agroecologia & Soberania Alimentar, onde vão participar pessoas ligadas às AMAP e Urgenci, como o Samuel Thirion e a Liliana Pinto, da Agrinemus, a Maria do Carmo Bica da Rede Rural Nacional, a Aurora Santos do Colectivo Roseiras Bravas, a Filipa Botelho de Almeida d’O SOM É A ENXADA e da Horta da Partilha, e quem mais se quiser juntar.

À noite, passa o documentário «O Prato ou a Vida», sobre cantinas escolares e a diferença entre encher barrigas e alimentar pessoas. Neste documentário de Nani Moré, descobrimos até que ponto é que os alimentos passaram a ser tratados como meros produtos para saciar a ânsia de algumas empresas, e de que forma é que isso está a destruir o trabalho dos pequenos agricultores de proximidade e as culturas ecológicas. O filme lança um olhar sobre o funcionamento de cantinas escolares e em lares de idosos para perceber como é que as práticas actuais afectarão no futuro a qualidade de vida das nossas filhas e filhos. A partir da experiência vivida por uma cozinheira, descobrimos que é possível um conceito de cantina sustentável – ecológica e economicamente – e como é que esse projecto pode ser realizado, virando costas às empresas que vendem produtos e não alimentos.

Foto: Luisa Carvalho
Foto: Luisa Carvalho

+ INFO: CICLO TRANSECO, de 7 de Novembro a 5 de Dezembro, todas as quintas-feiras no Gato Vadio, Porto

Esta iniciativa, integrada no Ciclo de Reflexões sobre Práticas Socioeconómicas Alternativas do Instituto de Sociologia da Universidade do Porto, pretende trazer para a cidade e para a universidade o debate internacional sobre as economias transformadoras. Economias solidárias, feministas, decrescentistas, agroecológicas e pró-comum: vamos debruçar-nos sobre uma miríade de iniciativas transformadoras que, um pouco por todo o mundo, estão a construir alternativas ao capitalismo ao colocarem o ser humano como sujeito e finalidade da actividade económica.

A menos de um ano do Fórum Social Mundial das Economias Transformadoras, que vai acontecer em Barcelona em Junho de 2020, trazemos ecos do debate sobre essas “outras economias” que colocam a vida e as pessoas no centro. Pautadas por lógicas de cooperação, participação, auto-gestão e colectivização, esta outra forma de fazer economia dialoga sobre valores secundarizados nas sociedades, tais como o trabalho, o cuidar, a qualidade de vida e a felicidade que alimentam a produção e a reprodução das sociedades. Uma das apostas é promover a unidade entre produção e reprodução, evitando uma das contradições do sistema capitalista, que desenvolve a produtividade mas exclui crescentes sectores de trabalhadores do acesso aos seus benefícios, para além de danificar irreversivelmente vidas e recursos.

Vamos passear? Visita às produtoras da AMAP PINC – Porto

A Liliana Pinto, produtora da Agrinemus, e a Olívia Silva, da ChuchuBIO, estão a preparar um périplo que passará por dois dos locais de produção que alimentam a AMAP do PINC / Porto. Será um dia de magusto e convívio para todos os co-produtores da AMAP e respectivas famílias. Inscreve-te já através do email info arroba agrinemus ponto com, e indica se gostarias de ir num autocarro fretado para o passeio.

Assembleia-Geral das AMAP/CSA – 19 Out | Montemor-o-Novo

REGENERAR | REDE PORTUGUESA DE AGROECOLOGIA SOLIDÁRIA
Convocatória: Assembleia-Geral das AMAP/CSA
Data: Sábado, 19 de Outubro de 2019
Hora: das 10:30 às 16:30 (inclui pic-nic partilhado!)
Local: Herdade do Freixo do Meio, 
Foros de Vale de Figueira (Montemor-o-Novo)

A Rede nacional das AMAP/CSA já tem um nome, grupos de trabalho definidos pela equipa dinamizadora, um plano de actividades em progresso, mas ainda temos muitos desafios e decisões para tomar em conjunto!

Quase após um ano do último encontro, convidamos todos os agricultores, produtores, co-produtores e defensores da agroecologia e membros das Comunidades que Sustentam a Agricultura e das Associações pela Manutenção da Agricultura de Proximidade, existentes ou em formação, de norte a sul do país, a participarem na Assembleia Geral agendada para o dia 19 de Outubro de 2019 (sábado) na Herdade do Freixo do Meio em Montemor-o-Novo, com a seguinte ordem de trabalhos:

10:30 Recepção e acolhimento
11:00 Início da Assembleia – boas vindas e breve ronda de apresentações
11:15 Ponto de situação da Equipa Dinamizadora
(plano de actividades, grupos de trabalho, participação em eventos)
12:30 Apresentação de novos membros
13:00 Pic-nic partilhado
14:30 Propostas e debate
– aprovação dos estatutos e regulamento (envia-se em anexo para análise)
– reestruturação da equipa dinamizadora
– logotipo da REGENERAR
– propostas para 2020
16:30 Conclusões e fecho

Participa e ajuda-nos a construir um modelo de consumo e de produção alimentar agroecológico, justo e solidário em defesa do alimento como Bem Comum!

Em anexo poderão encontrar a proposta de regulamento e estatutos, para aprovação na assembleia. Apelamos ainda ao envio de propostas de esboços para o logo da REGENERAR, a ser discutido na assembleia.

Abraço!

A equipa dinamizadora

O caso das AMAP | Seminário ECOSOL-CES

Seminário | ECOSOL-CES
Circuitos curtos agroalimentares,
outra forma de nos alimentarmos:
o caso das AMAP em Portugal
Com Eber Quiñonez & Sara Moreira
29 de abril de 2019, 17h00
Sala 8, CES | Alta

Apresentação

Este seminário aborda os circuitos curtos agroalimentares e os sistemas tradicionais agrícolas, visitando conceitos como o de agricultura familiar. Pretendemos mostrar outras formas de produção-consumo agroalimentar que não só promovam produtos saudáveis mas também, e sobretudo, possibilitem pensar além do sistema alimentar industrializado, imposto pela visão uniforme do sistema capitalista. A partir do caso da AMAP, debatemos a construção de relações de proximidade e de reciprocidade, bem como a dinâmica de grupos dinamizadores de outras formas de produção-consumo, comprometidas ecológica e socialmente.

Notas biográficas

Sara Moreira – Doutoranda em Sociedade da Informação e do Conhecimento no Internet Interdisciplinary Institute da Universitat Oberta de Catalunya (IN3/UOC), e no Instituto de Sociologia da Universidade do Porto (ISUP). A sua investigação debruça-se sobre estratégias de comunicação para iniciativas de base comunitária no âmbito dos comuns e das “outras economias”, em Portugal e na Catalunha. Participa activamente na Associação pela Manutenção da Agricultura de Proximidade do Porto (AMAP) e faz parte da equipa dinamizadora da recém-criada Rede Portuguesa de Agroecologia Solidária – REGENERAR. Colabora também no programa O SOM É A ENXADA na rádio comunitária Manobras, desde 2015.

Eber Quiñonez – Mestre em Sociologia e Doutorando em Sociologia pela Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (FEUC). Graduado em Psicologia Social pela Universidade de São Carlos de Guatemala. Membro do Grupo de Estudos sobre Economia Solidária no Centro de Estudos Sociais (ECOSOL-CES), na Universidade de Coimbra. Seus interesses de investigação centram-se nas áreas da pequena produção agrícola, agricultura familiar e economia solidária. Atualmente, desenvolve pesquisa na área dos circuitos curtos de comercialização agroalimentar para o caso português.

Atividade no âmbito do ECOSOL-CES